domingo, 29 de julho de 2007

Os suaves eflúvios que respira

Os suaves eflúvios que respira
A flor de Vénus, a melhor das flores,
Exalas de teus lábios tentadores,
Ó doce, ó bela, ó desejada Elmira.

A que nasceu das ondas, se te vira,
A teu pesar cantara os teus louvores.
Ditoso quem por ti morre d'amores!
Ditoso quem por ti, meu bem, suspira!

E mil vezes ditoso o que merece
Um teu furtivo olhar, um teu sorriso,
Por quem da mãe formosa Amor se esquece!

O sacrilégio ateu, sem lei, sem siso,
Contemple-te uma vez, que então conhece
Que é força haver um Deus e um Paraíso.

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