sábado, 31 de janeiro de 2009

Soeiro Pereira Gomes e Henrique Pousão em Selos


Filatelia: CTT emitem selos de homenagem a Henrique Pousão e Soeiro Pereira Gomes

Lisboa, 26 Jan (Lusa)- O pintor Henrique Pousão e o escritor Soeiro Pereira Gomes terão os nomes impressos em selos com que os CTT vão homenageá-los, este ano, na passagem dos 150 e 100 anos do seu nascimento, respectivamente.


Lisboa, 26 Jan (Lusa)- O pintor Henrique Pousão e o escritor Soeiro Pereira Gomes terão os nomes impressos em selos com que os CTT vão homenageá-los, este ano, na passagem dos 150 e 100 anos do seu nascimento, respectivamente.

Os selos, com emissão marcada para 27 de Janeiro, terão o valor de 32 cêntimos e foram desenhados por Francisco Espinho Galamba com base numa fotografia de Carlos Monteiro, do Museu do Neo-Realismo, e numa ilustração do Museu Nacional de Soares dos Reis.

Cada um dos selos terá uma tiragem de 330 mil exemplares.

Nascido a 1 de Janeiro de 1859, em Vila Viçosa, Henrique César de Araújo Pousão pertence à primeira geração naturalista e é considerado um dos maiores nomes da Pintura portuguesa da segunda metade do Século XIX.

Na sua obra transparece a influência que sobre ele exerceram os impressionistas, sobretudo Pissarro e Manet.

Estudou na Academia Portuense de Belas Artes e, em 1880, partiu com uma bolsa do Estado para Paris. Razões de saúde forçaram-no a deixar a capital francesa e a seguir para Itália, onde produziualguns dos seus mais importantes trabalhos.

Morreu, de tuberculose, em Portugal, com apenas 25 anos.

Um dos vultos centrais do neo-realismo literário português, Joaquim Soeiro Pereira Gomes nasceu em Gestaçô, concelho de Baião, em 14 de Abril de 1909, e a sua vida repartiu-se pela escrita e pela militância política, nas fileiras do Partido Comunista.

A sua obra tem como pilares os romances "Esteiros" (1941) e "Engrenagem" (1951), o primeiro dando testemunho das duríssimas condições de vida de um grupo de crianças forçado a abandonar a escola para trabalhar numa fábrica de tijolos à beira-Tejo e o segundo relatando a luta operária e a exploração numa unidade industrial.

Soeiro Pereira Gomes passou à clandestinidade em 1945 e adoeceu, contraindo uma tuberculose que não pôde tratar e que o levou à morte, a 5 de Dezembro de 1949, aos 40 anos.

RMM.

Lusa/fim


in Expresso

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