sexta-feira, 30 de abril de 2010

Livros no Parque

Finda a primeira incursão à 80ª Feira do Livro de Lisboa o que me ocorre dizer é que por mais voltas que a APEL dê as coisas parecem ter mudado muito pouco na última década. É certo que as barracas são diferentes, que o pagamento por multibanco já se generalizou, que existem mais cafés onde nos podemos sentar. Porém, isso significa muito pouco. O preço dos livros continua exorbitante e nem a promessa de uma “Happy Hour” parece que vá modificar grandemente a situação sobretudo se atendermos ao facto de que no segundo dia de feira não existam editoras capazes de explicar aos clientes em que se traduz essa benemérita redução do preço dos livros. Acresce ainda o facto de continuar a realizar-se num sítio que apesar de ser central tem uma inclinação razoável o que não é para a robustez física de todos, o facto de ser ao ar-livre tem as suas vantagens mas também implica que existia uma dependência implícita dos devaneios do São Pedro - o que este ano se traduz no ditado "Fia-te na Virgem e não corras!"

Se por algumas editoras passei simplesmente ao lado, outras houve que fugi a sete pés, não por vontade inicial mas pelas conversas que se faziam em torno dos pavilhões. Desde uns senhores engravatados a fumarem cigarrilhas pestilentas até vendedores a falar do “cocó” dos seus gatos a uns que estavam a arrumar a barraquinha e ignoraram completamente os clientes que estavam à espera. Felizmente, nem todas são assim. A simpatia ainda existe neste mercado (se bem que já não seja uma característica predominante. Ficam aqui o desejo de uma boa Feira para todos, mas em particular para as editoras Antígona e Saída de Emergência.

Do meu cestinho de compras brevemente darei aqui conhecimento.

Sem comentários:

Enviar um comentário