domingo, 29 de julho de 2007

Arde em vão por Elisa, em vão porfia

Arde em vão por Elisa, em vão porfia
Contra a constância da heroína augusta
O bárbaro senhor de África adusta,
Que do sangue de Jové se gloria.

Em vão lhe of'rece a vasta monarquia,
Aonde a espádua atlântica robusta
Sustenta os céus, o caminhante assusta,
E hórridos monstros indomáveis cria.

Não cede Elisa; e vendo que, furioso,
Usa da força o líbico tirano,
Ela, intrépida, escolhe um fim glorioso

Mentes, mentes, injunsto mantuiano!
Dido infeliz foi vítima do esposo,
Foi vítima da fé, não do troiano.

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