quinta-feira, 1 de abril de 2010

“Mentiroso! És um mentiroso do caralho!”*


Já John Lyndon cantava “Lie lie lie lie liar you lie lie lie lie / Tell me why tell me why / Why d'you have to lie / Should've realised that / Should've told the truth / Should've realized You know what I'll do / You're in suspension You're a liar”

Quer isto dizer que Zé Coelho, Secretário Coordenador da Secção Sectorial da Câmara Municipal de Setúbal, é um mentiroso. E mentiu porque julga a sua audiência é uma chusma de meninos de coro que caí na sua canção do bandido. Só se deixa enganar com o seu discurso quem quer, ou melhor quem tem vistas curtas.

Além disso o que é este gajo tem feito na Secção Sectorial da CMS? Que eu, e muita gente saiba: NADA! Pelo menos politicamente - criar afilhados e comadres não conta!
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Anunciou Zé Coelho que existe a lista encabeçada por Paulo Lopes à Concelhia de Setúbal foi concebida sem mácula. Obra do espírito santo – preconizou. Lérias! A lista B é simplesmente mais do mesmo. Regresso aos tempos “áureos” de Catarino Costa, com umas limadelas à direita e um bando de salta-pocinhas à esquerda. Se isto é alternativa, vou ali já venho! Mas não me fodam o juízo a dizer que estamos perante uma lista de anti-carreirristas, sem boys. Mentira! Eles estão lá na lista. Leiam os nomes. A verdade é que estamos perante uma lista de vampiros sedentos por poder, eucaliptos políticos que secaram o Partido Socialista em Setúbal e que agora, volvidos um par de anos vem por as culpas em cima dos outros. Porque não concordam com a escolha do Partido para a Presidência do Partido. Também eu não concordei com a candidatura do Catarino Costa – disse-lhe que ele não ia lá, que lhe faltava carisma junto da população e que a imagem que estava a querer passar na população não estava a passar e mais disse-lhe que o bigode lhe ficava mal. Disse-lhe isso a ele - Catarino, numa conversa no bar da secção enquanto ele bebia uma mini e comia um pacote de batatas fritas (era o jantar, confidenciou ele). Mas disse-lhe ali, não vim cá para fora como menino amuado contar a meio mundo a minha opinião e dizer mal do candidato. Na altura, apesar de ser contra fiz campanha, pouca é certo, mas também porque não me chamaram mais vezes e estava pouco entrosado com as lides do partido . À coisas que são para ser resolvidas dentro de portas, não na praça pública – senão somos gozados pela oposição e pior damos-lhe armas! Mas isso é muito à frente e o Zé não percebe estas coisas.

Mas à mais… 

Zé Coelho, com o seu artigo no jornal de Setúbal veio provar aquilo que toda a gente já sabia a seu respeito e que comentava à boca pequena para não ganhar telhados de vidro – eu como me estou a cagar para os meus telhados de vidro e como não almejo nenhum lugar em lado nenhum digo de clara voz: és um mero peão sem escrúpulos, um bobo de má qualidade que apenas vem dizer o que sua majestade quer ouvir. Amigos assim são da onça. Ganha coragem homem.

O que ficou por dizer é que a corda não partiu só por um lado. Foram dois lados a puxar. E com essa ruptura da corda quem perdeu não fui apenas eu, não foi apenas o Partido Socialista, foi a Cidade de Setúbal. Mas isso essa gente não quer saber. Azar é o que mais me preocupa. 

Além disso o que atrasados mentais não conseguem compreender nem à lei da bala é que o Partido Socialista se quer chegar à Edilidade precisa de estar unido, e lutar afincadamente contra o Partido Comunista (aka CDU) . E que todos são poucos nessa batalha – os Lopes, os Costas, os Gonelhas, os Marques, os Almeidas, os Patrícios., etc. etc., etc. Espero que depois desta refrega eleitoral esta malta se afaste definitivamente, que deixem de ser ervas daninhas. Quanto aos outros, os que ficarem sejam eles quem forem que não se preocupem se vão neste ou naquele lugar, mas que olhem para a sua Cidade de Setúbal e se empenhem afincadamente a construir uma alternativa à gestão comunista que tanto mal tem causado à cidade do rio azul.

Quanto a ti Zé… citando Zacarias Manuel de la Rocha - “Fuck you! I won’t do what you tell me!” 

(*) LABÃO, A., Necromantes, Cartomantes e Outros Charlatães: peça em três actos. Rotunda, s.d.

2 comentários:

  1. Caro Carlos Júnior,

    O seu comentário exige uma resposta para clarificar algumas duvidas. Toda a gente pode dizer de sua justiça - mas de uma justiça verdadeira, não pode "dourar a realidade" a seu belo prazer. O que José Coelho fez foi um rendilhado ocultando uns pormenores e dando mais valor a outros. Para mim isso não é liberdade de opinião é ser-se mentiroso. Se tiver a oportunidade de ler outros textos que escrevi eu defendo o livre arbítrio mas ligado à verdade.

    A desunião é criada pelo carreirismo. Tiremos esse factor e metade dos problemas ficam resolvidos. É preciso dar tiros. É preciso agitar as águas. É preciso ter opinião própria. Como disse não quero lugares, não quero cunhas apenas desejo que o Partido Socialista seja capaz de se orientar para ser capaz de chegar a vencer as próximas eleições e que essas sejam uma ruptura com a gestão CDU. O que me importa a mim é a minha cidade. Eu um dia não serei nada, a minha história desaparecerá, mas desejo ardentemente que os meus filhos, os filhos dos meus filhos, etc., possam crescer numa Setúbal da canção do Rio Azul.

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  2. Espero que se sinta feliz agora com o seu comentário publicado.

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