Guiou-me ao templo do letal Ciúme
A Desesperação que em mim fervia;
O cabelo de horror se me arrepia,
Ao recordar o formidável nume.
Fumegava-lhe aos pés tartáreo lume,
Crespa serpe as entranhas lhe roía;
Eram ministros seus a Aleivosia,
O Susto, a Morte, a Cólera, o Queixume.
«Cruel! (grito em frenético transporte)
Dos sócios teus, no Báratro gerados,
Dá-me um só, que te invejo - a Morte, a Morte.»
«Cessa (diz) os teus rogos são baldados:
Querem ter-te no mundo Amor e a Sorte,
Para consolação dos desgraçados.»
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