domingo, 8 de julho de 2007

Guiou-me ao templo do letal Ciúme

Guiou-me ao templo do letal Ciúme
A Desesperação que em mim fervia;
O cabelo de horror se me arrepia,
Ao recordar o formidável nume.

Fumegava-lhe aos pés tartáreo lume,
Crespa serpe as entranhas lhe roía;
Eram ministros seus a Aleivosia,
O Susto, a Morte, a Cólera, o Queixume.

«Cruel! (grito em frenético transporte)
Dos sócios teus, no Báratro gerados,
Dá-me um só, que te invejo - a Morte, a Morte.»

«Cessa (diz) os teus rogos são baldados:
Querem ter-te no mundo Amor e a Sorte,
Para consolação dos desgraçados.»

Sem comentários:

Enviar um comentário