domingo, 8 de julho de 2007

O corvo grasnador e o mocho feio

O corvo grasnador e o mocho feio
O sapo berrador e rã molesta
São meus únicos sócios na floresta
Onde carpindo estou, de angústia cheio.

Perdi todo o prazer, todo o receio...
Ah, malfadado amor, paixão funesta!
Urselina perdi, nada me resta.
Madre Terra! Agasalha-me em teu seio!

Da víbora mordaz permite, ó Sorte,
Que, nos matos aspérrimos que piso,
As plantas me envenene o ténue corte!

Ah, que é das Graças? Que é do Paraíso?
A minh'alma onde está? Quem logra - ó Morte! -
Quem logra de Urselina o doce riso?

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