Marília, se em teus olhos atentara,
Do estelífero sólio reluzente,
Ao vil mundo outra vez o omnipotente,
O fulminante Júpiter baixara
Se o deus que assanha as Fúrias, te avistara
As mãos de neve, o colo transparente,
Suspirando por ti, do caos ardente
Surgira à luz do dia e te roubara.
Se a ver-te de mais perto do Sol descera,
No aúreo carro veloz dando-te assento,
Até da esquiva Dafne se esquecera.
E se a força igualasse o pensamento
Ó alma da minh'alma, eu te of'recera
Com ela a Terra, o Mar e o Firmamento.
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