domingo, 8 de julho de 2007

Por esta solidão, que não consente
Nem do Sol, nem da Lua a claridade,
Ralado o peito já pela saudade,
Dou mil gemidos a Marília ausente.

De seus crimes a mancha inda recente
Lava Amor, e triunfa da verdade;
A beleza, apesar da falsidade,
Me ocupa o coração, me ocupa a mente.

Lembram-me aqueles olhos tentadores,
Aquelas mãos, aquele riso, aquela
Boca suave, que respira amores...

Ah!, trazei-me, Ilusões, a ingrata, a bela!
Pintai-me vós, ó sonhos, entre flores,
Suspirando outra vez nos braços dela!

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